Página Inicial Saúde Tempo seco: saiba como evitar resfriados e alergias – 17/07/2025 – Equilíbrio e Saúde

Tempo seco: saiba como evitar resfriados e alergias – 17/07/2025 – Equilíbrio e Saúde

Publicado pela Redação

Preparem os lencinhos e os umidificadores. A Defesa Civil paulista emitiu alerta de tempo seco em todo o estado até domingo (20), com riscos de incêndio. Na capital paulista, a umidade relativa do ar pode cair a apenas 20% nesta quinta-feira (17).

A OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece que índices de umidade inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. Por isso, cuidados com o corpo devem ser redobrados durante este período.

O corpo humano sofre com os efeitos do tempo seco principalmente nas vias respiratórias, aumentando o risco para infecções como gripe e pneumonia. Idosos, crianças e pessoas com o sistema imunológico comprometido têm mais chances de contrair, dizem especialistas.

“É como se a parte interna do sistema respiratório estivesse descamando. Então, a primeira barreira do nosso sistema contra vírus e contra bactérias fica comprometida”, diz Marcelo Rabahi, pneumologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Além disso, pessoas com doenças crônicas respiratórias, como asma, bronquite e rinite, possuem mais chance de entrarem em crise, segundo Elie Fiss, do Hospital Sírio-Libanês. A pele também pode sofrer com ressecamento e irritação, segundo o médico.

O último boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quinta-feira (17), revelou uma diminuição do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na maior parte do país na semana de 6 a 12 de julho. Ainda assim, os números continuam altos na maioria dos estados, incluindo São Paulo.

Os riscos para o sistema cardiovascular também aumentam, segundo os médicos. “A pessoa que tem uma crise de asma ou de bronquite tem um risco aumentado para doença cardiovascular durante a internação ou até um ano após”, diz Rabahi.

Fiss também chama a atenção para os altos níveis de poluição que acompanham o tempo seco. “À primeira vista, parece ser apenas um tempo seco, mas, na verdade, é um tempo seco com um ar muito poluído, o que agrava ainda mais o quadro. Essa combinação está diretamente relacionada ao aumento de doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas”, diz o pneumologista

Os principais sintomas costumam ser tosse e falta de ar, mas a febre e os sintomas gripais persistentes, a piora da falta de ar e de cansaço são sinais de que o paciente deve procurar um médico para avaliação, diz o médico do Hospital Albert Einstein.

“É preciso observar se o idoso não está conseguindo fazer suas atividades ou se a criança está ficando muito cansada”, alerta ele.

Como prevenir infecções

Medidas podem ser tomadas tanto individualmente como coletivamente para prevenir infecções respiratórias. A hidratação é a mais importante, segundo os médicos, mas algumas outras ainda podem ser tomadas:

  • Beber de dois a três litros de água por dia
  • Consumir frutas “aguadas” (abacaxi, laranja, morango, melão e melancia)
  • Usar umidificador de ambiente na hora de dormir ou enquanto estiver no cômodo (é importante não usar 24 horas por dia para evitar mofos)
  • Frequentar parques e ambientes úmidos, como rios e lagos
  • Evitar exposição ao sol entre 11h e 16h

Além disso, é importante usar filtro solar e hidratantes para a pele para evitar ressecamento. Os olhos também podem sentir a secura e o soro fisiológico pode ser um aliado.

Monitoramento do ar

Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) analisa o ar com 85 estações de monitoramento. Dessas, 62 são automáticas, com medição em tempo real, e outras 22 funcionam de forma manual, com coletas físicas e análises em laboratório.

O boletim atualizado na última quarta-feira (16) mostra uma qualidade do ar moderada na maior parte do estado, com exceção do município de Cubatão (muito ruim).

Instaladas em pontos estratégicos de grandes cidades e áreas industriais, essas estações medem, de forma contínua, a concentração de seis poluentes principais: material particulado (como poeira e fuligem), ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. A qualidade do ar em cada estação é determinada pelo poluente de pior situação.

“Essas estações representam o que a população está respirando, 24 horas por dia. Elas captam o ar, processam os dados e nos mostram se o ambiente está seguro ou se exige cuidados”, explica Maria Lúcia Guardani, gerente da divisão de Qualidade do Ar da Cetesb.

Você também pode gostar

Deixe seu Comentário