O viscoelástico é uma espuma de memória sensível à temperatura. É fabricado combinando-se dois produtos químicos. Um é o poliuretano, um tipo de polímero derivado do petróleo —que por sua vez é criado juntando outros dois ingredientes: um poliol e um diisocianato. O outro é um agente de sopro, como água ou hidrofluorocarboneto. Este agente é injetado no polímero, que se transforma na espuma.
O diferencial desta espuma é que ela tem uma estrutura sólida de célula aberta. Ou seja, ao contrário das espumas padrão, que comprimem e retornam à sua forma original imediatamente, as células individuais da espuma têm buracos que se comprimem completamente e espalham sua pressão de ar nas células adjacentes.
Essa tecnologia inovadora espalha a pressão ao longo de um maior número de células da espuma, o que diminui a reação do travesseiro à pressão que você —no caso, sua cabeça— coloca. Isso explica a maneira como a espuma de memória realmente reduz os pontos de pressão e se “molda” melhor ao seu corpo, demorando mais para voltar ao normal.
A desvantagem do travesseiro é que ele tende a ser mais pesado devido a uma densidade maior. Além disso, ele precisa ser combinado a uma espuma um pouco mais dura para ter um desempenho ortopédico melhor.
Em 1969, Yost formou a Dynamic Systems, empresa que vendeu os direitos sobre a tecnologia em 1974, mas depois retornou ao mercado com travesseiros que eram menos sensíveis à temperatura e mais ecologicamente corretos que a versão original.
Essa empresa criou versões próprias da espuma chamadas SunMate, que suporta mais peso, e a Pudgee, que gera menos fricção no contato com a pele. A combinação dessas duas espumas gerou o Laminar, travesseiro da Dynamic que é basicamente o modelo básico dos “travesseiros da Nasa” de hoje.