Página Inicial Saúde Tumores lideram gastos em hospitais privados, diz Anahp – 23/04/2025 – Equilíbrio e Saúde

Tumores lideram gastos em hospitais privados, diz Anahp – 23/04/2025 – Equilíbrio e Saúde

Publicado pela Redação

Os tumores (neoplasias) e as doenças respiratórias estão no topo da lista dos gastos hospitalares. A informação é do Observatório Anahp 2025, levantamento anual produzido pela Associação Nacional de Hospitais Privados com dados sobre mortalidade, custos e eficiência hospitalar no país.

Os tumores, inclusive cânceres, causam 6,6% das internações em hospitais privados e representam, também, 11,6% dos custos hospitalares. As neoplasias respondem por 14,5% dos óbitos registrados nos hospitais associados à Anahp.

Em 2025, o sistema de indicadores hospitalares da Anahp —que reúne 337 variáveis e 265 indicadores —começou a integrar também instituições públicas e filantrópicas. Em 2024, 77 hospitais públicos já participavam da rede.

O Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer por ano entre 2023 e 2025, com 70% das ocorrências concentradas nas regiões Sul e Sudeste, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Os tipos mais comuns são pele não melanoma (31,3%), seguido por mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

As doenças respiratórias, como pneumonia e insuficiências pulmonares, aparecem em seguida nos dados da Anahp: são 4,4% das internações e 9,4% das mortes, além de representarem 6,5% do orçamento hospitalar.

Os picos de internações por doenças respiratórias ocorrem entre maio e julho, com aumentos secundários em março e dezembro. Os principais diagnósticos incluem infecções agudas, pneumonia, bronquite, asma e enfisema.

Crianças de 0 a 14 anos são o grupo mais afetado, devido ao sistema imunológico em desenvolvimento e à exposição à poluição e ao tabagismo passivo.

Ao todo, neoplasias e doenças respiratórias representam quase um quarto das mortes e 18,1% dos gastos.

O estudo também aponta que os hospitais operam em alta capacidade, com taxa média de ocupação de quase 79% e tempo médio de permanência de 3,99 dias. Em 2024, foram mais de 12,8 milhões de atendimentos nos prontos-socorros e 3,3 milhões de cirurgias.

Os dados sugerem que os hospitais privados melhoraram a relação entre receita e despesa por paciente. De 2020 a 2024, a receita líquida por saída hospitalar subiu 7,7% —foi de R$ 27 mil para R$ 29,1 mil. Já as despesas subiram só 1,6% no mesmo período, passando de R$ 23,1 mil para R$ 23,5 mil.

Em uma entrevista coletiva por videoconferência para apresentar os dados da pesquisa, Antônio José Rodrigues Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas, disse que o setor público não gasta muito mais do que o privado, ao contrário do que muitas pessoas imaginam.

Por exemplo, reduzir um dia de internação em UTI significa economizar cerca de R$ 3.000 a R$ 4.000, recursos que são financiados pelos contribuintes. “E todos são pagadores de impostos.”

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