Página Inicial Tecnologia Vale do Silício ignora ética para criar IA sem freio, diz ex-Microsoft

Vale do Silício ignora ética para criar IA sem freio, diz ex-Microsoft

Publicado pela Redação

Para Queiroz, a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos representou um retrocesso no trabalho que o setor de tecnologia vinha fazendo na área de diversidade e inclusão. Um dos impactos mais visíveis foi o fechamento de organizações criadas para apoiar a entrada de grupos minorizados no setor. Sem o apoio financeiro das big techs, muitas dessas iniciativas perderam força e acabaram encerrando suas atividades.

Ela também percebeu mudanças no dia a dia das empresas: atitudes machistas, que pareciam ter ficado no passado, voltaram a aparecer com mais frequência. Enquanto a Microsoft seguiu tocando seus projetos voltados para diversidade, empresas como o Google e a Salesforce chegaram a se posicionar publicamente, sinalizando um novo rumo —menos comprometido com a inclusão.

Cenário da IA é repleto de ruídos e ondas que nem sempre são o que parecem ser

A inteligência artificial virou prioridade máxima na Microsoft —muitas vezes em detrimento de outras áreas, como a dos games. Essa queda no prestígio causou, inclusive, movimentos de demissões em massa. Para Queiroz, apesar dos investimentos pesados, o cenário ainda é cheio de ruídos e ondas que nem sempre são aquilo que parecem ser.

Um exemplo? Os agentes de IA. Eles viraram a coqueluche do momento, tanto nas big techs quanto nas startups, mas nem tudo que brilha no protótipo funciona no mundo real. No atendimento ao cliente ou em call centers, até pode fazer sentido. Fora disso, parece mais uma jogada para ganhar espaço na mídia do que uma solução consolidada. E ela faz uma distinção importante: automatização é uma coisa, agente de IA é outra. E não —por mais que tentem— nenhum deles vai substituir o bom e velho clipe do Word.

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